Joguei no moleque 2007 e lembro-me de várias histórias que marcaram e ficarão pra sempre na memória. Uma que me recordo bem foi de um treino físico em que nós, os jogadores, não queríamos forçar muito em virtude de ter treinado em outra escola de futebol antes. O professor Daniel reuniu todos à beira do gramado e falou que se quiséssemos alguma coisa era pra ser feito o que o professor mandasse e se não fosse assim, não sairia time. E assim saiu do gramado sem falar mais nada. No outro dia, encabeçados pelo capitão Daniel, todos os jogadores se reuniram no intervalo do colégio e foram de encontro ao professor na sala dos professores. À partir daí, tínhamos certeza de que sairia um grande time para disputar o título estadual, e não foi diferente. Os treinos recomeçaram, todo o dia da semana, atletas se doando ao máximo, alguns indo antes para treinar cobranças de falta, tentar ajudar da melhor maneira possível o verdadeiro time que havia se formado.
Outra história muito boa pra ser contada é que o professor Daniel sempre cobrava chutes de longa distância dos jogadores, falava que parecia que queríamos entrar com bola e tudo no gol e que só fazia gol quem chutava. Tanto cobrou que em um jogo da primeira fase da etapa regional contra Iporã do Oeste, apostou um picolé com quem fizesse gol com chute de fora da área. O jogo terminou 4 a 1 para nós com, se não me engano, três gols de chutes à longa distância, inclusive meu. E assim os jogos foram passando com os jogadores a arriscar cada vez mais chutes de longa distância sem medo de errar.
Uma maravilhosa época de minha vida e que, com certeza, jamais será esquecida. Obrigado ao professor Daniel, maior responsável por isso, e que sempre acreditou no potencial de todos, pois nosso time tinha como maior “estrela” em campo não somente um, dois ou três jogadores, mas com certeza o próprio time que sempre fazia a diferença e fez até o final da competição.

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